segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Qual é a tua tribo?



Hoje em dia fala-se muito das tribos, do querer pertencer à tribo, do “querer ser cá da malta”. O que é perfeitamente normal, ou não fosse o Homem um animal social.
Quando éramos nós adolescentes, isso significava que tínhamos de usar determinada marca, ter determinados comportamentos, ou até fumar. Agora, será que isso muda quando passamos à fase adulta? Claro que não...

É por essa razão, que o percurso habitual do pessoal é: estudar, arranjar emprego, namorar, casar, ter filhos. Se bem que hoje em dia, já há vários e diversos percursos alternativos, este continua a ser o padrão.

Agora, a questão das tribos não se resume só aos percursos de vida, tem também a ver com o que liga as pessoas. Na fase adulta, as pessoas já não se ligam às outras por questões tão lineares como o modo de vestir, ou a aparência. Obviamente, que estas não deixaram de ser essenciais, mas têm uma abrangência muito maior. É que o vestir de determinada maneira, implica também ter um carro à altura, uma casa em determinado sítio, um emprego assim, ou assado; é tudo uma questão de estatuto.

Não podemos negar, que todos nós olhamos à aparência duma pessoa, ao que ela faz da vida, se tem interesses ou não para além dos mais básicos. Agora, o que começa a ser preocupante é sermos catalogados pelo que temos. E isso vale para os dois lados. Ou seja, vale se estivermos do lado daqueles que até ganham benzinho e até fazem umas viagens porreiras e têm dinheiro para uma roupitas melhores, como para os que, dada a sua condição económica, não podem ascender a isso.

No meio disto, quem está entre as duas facções é que se lixa. Porque não pertence à tribo dos bem de vida, nem pertence à tribo dos muito remediados. Basicamente, quem se lixa é o mexilhão! Mais uma máxima de vida.

Felizmente, ainda há pessoas que ligam essencialmente aos valores e aos interesses dos outros...

Mental Note
Colocar um anúncio no jornal a procurar essas pessoas...


Mental Note 2
Deixar de ser tão péssimista

2 comentários:

Blade disse...

Bem! Sim sra. temos "bloguer"...

Normalmente é sempre giro visitarmos outras tribos. Melhor que isso é ter visitantes de outras tribos na nossa já que temos o chamado 2 em 1, a novidade e a nossa zona de conforto garantida.

Enquanto os visitantes se portarem nos padrões pré definidos e respeitarem as hierarquias e a ordem estabelecida na tribo não há problema, afinal são uma excelente quebra na monotonia que inevitavelmente se apodera nas tribos que não deixam entrar "sangue novo". Mas o problema é que os visitantes tem tendência a serem corajosos, aventureiros, gostam de explorar e têm pouca inclinação para respeitarem regras impostas, afinal se quisessem estar limitados não saíam das tribos deles.

Aqui é que surgem os problemas e rapidamente o visitante que era novidade se pode tornar num elemento desestabilizador da tribo. Como é obvio os elementos mais fracos emocional e psicologicamente serão os primeiros a temer mudanças já que receiam perder o estatuto que tem na tribo com a chegada dos visitantes. Pelo que não é de admirar que tentem criar situações para fazer com que a tribo se revolte ou com que os visitantes se sintam desconfortáveis e da mesma maneira que entraram voltem a sair.

Confuso não é?
Eu também pensava que sim.

O engraçado é que quando os visitantes abandonarem a tribo e partirem para outras paragens vão continuar a crescer e a “desbravar novos mundos”. A tribo volta ao normal e os seus elementos param de evoluir outra vez, afinal vão voltar a interagir de novo apenas entre si como fazem à anos.

Eu gosto de pensar que tenho muitas tribos e que muitas mais há para visitar. O que não faltam são indígenas interessantes para conhecer.

Dos fracos não reza a história e das tribos fechadas também não :)

Beijos

Su disse...

Blade: Boa apreciação do meu post e bem mais abrangente que o dito.
É verdade, que há sempre os reis das tribos e q esses não querem ser destronados. Também é verdade que é bom conhecer novas tribos, mas não deixa de ser confortável estar na nossa. Há fazer um pouquinho de tudo.
Bjks
Su

 
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