sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Estou farta de mim mesma, é oficial!

Não dá para nos rifarmos a nós mesmos? Para mudarmos de maneira de ser? Deveria haver para aí uma empresa que nos fizesse esquecer quem nós somos e nos mudasse a personalidade... Com tanta clínica para aí, ainda não inventaram uma que por hipnose, ou outro qualquer método, fizesse com que nos esquecêssemos de algumas coisas, ou pessoas. Isto é um nicho de mercado, como é que ainda não foi inventado??? Com tanta coisa estúpida que se descobre e vende, porque não isto?? Era fantástico... Já estou a ver os anúncios: "acabou com o seu namorado, quer esquecê-lo em 24 horas? Nós temos a solução!, ou então: "quer deixar de ser paranóico? Venha falar connosco...". Isso é que era um sonho...

Como não existe, estou farta e quero rifar-me! A minha mente faz-me lembrar os cães, quando andam à volta da sua calda, sempre em círculos, sem a apanharem. Na minha cabeça, dá-se o mesmo processo: e gira e toca o mesmo e gira e toca o mesmo e gira e toca o mesmo... Que canseira! Bolas...

Tenho uma amiga que diz que devo deixar as coisas seguirem o seu rumo e ver o que se irá gerar na minha vida, sem estar a fazer mil suposições sobre isto e aquilo, sobre "se" e "se", mas não consigo, a minha mente é uma gaja muito chata. Eu até acho que não sou, mas ela é. Não me dá sossego, não me deixa em paz, não me deixa dormir em paz, nem trabalhar decentemente. Em consequência disso, este blogue está oficialmente também uma SECA! Despejo aqui as minhas ideias, os meus desabafos, quando já não aguento tê-los só aqui dentro. Não que adiante grande coisa... Mas vá, é como chorar. Não passa, no entanto alivia...

Uma coisa é certa, ainda bem que ninguém lê isto nos dias que correm, lol, e eu não apareço identificada! Pelo menos tem a vantagem de poder escrever estas coisas verdadeiramente deprimentes e aborrecidas sem ninguém me associar a quem sou. É mesmo fixe essa parte. Poder ser super seca aqui, ninguém me conhece mesmo! Enfim:

Lembrar: não divulgar muito o blogue sob pena de ser apelidada de neurótica deprimida! :)
Hoje li uma crónica publicada no Publico, pelo Miguel Esteves Cardoso, na qual este falava sobre o casamento. Ou melhor, na qual este falava sobre o segredo do SEU casamento. Segundo o ponto de vista dele, os casamentos são como um filho. Temos de o criar, manter e fazer crescer. É uma entidade viva que existe para além do casal e para além até dos filhos que estes venham a ter. Está bem visto... Bem sabemos como é complicado manter uma relação de casamento, ou união de facto saudável o suficiente para perdurar no tempo. Não é tarefa fácil...

Várias são os motivos que podem levar o casal a desentender-se: a forma de encarar a vida, os projectos pessoais, a forma de gerir o dinheiro, ou a casa, a forma de educar os filhos, o estilo de vida pretendido, os interesses em comum, N coisas. Viver com outro ser, que não nós, não é fácil. Ajuda quando à partida, os interesses em comum são 80%, o estilo de vida é o mesmo, etc, etc, etc. Ainda a assim, quantos e quantos casamentos falham...

Não há portanto soluções certas... Será portanto uma questão de sorte?? De encontrar aquele que nos faz feliz e com quem consigamos ir gerindo as nossas diferenças? Ou será uma questão de paciência, que é coisa que a nossa geração não tem..?


 
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