quarta-feira, 21 de setembro de 2011

evanescence

Ontem estava deitada de manhã a ouvir uma música dos Evanescence que me diz muito - My Imortal - quando me lembrei do que se passou na minha vida neste último ano. Esta música há 2/3 meses fazia-me chorar baba e ranho, ontem apenas me fez pensar na vida e reflectir. Não posso dizer que não tivesse ficado triste, mas não sei bem dizer o que senti. Por um lado, a sensação de perda de um passado recente, por outro felicidade por já não me sentir triste por pensar nele.

Foi um misto de tristeza por constatar que já não sofria como dantes pelo passado, o que significa que já não sinto o mesmo, com uma sensação de alívio. A minha vida está finalmente a avançar, porque eu consegui virar a página! A questão é, que ao mesmo tempo tenho pena de perder o que tive, de já não ser possível... Por outro lado, sinto-me feliz e surpreendida por gostar do que estou a viver. Não deixa de ser estranho, conseguirmos avançar com a nossa vida com outras pessoas, conseguirmos amar de outra forma outras pessoas. Nunca é a mesma coisa, mas é possível. De qualquer modo, como escrevi aqui há uns tempos neste blogue: perdemos sempre quando ultrapassamos um grande amor.

Estou pois confusa... Confusa, por me estar a deixar ir e sentir a perda de uma vida que já não é possível, como se me estivesse a trair a mim mesma. Por outro lado, feliz por o estar a conseguir e estar a gostar.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

segunda-feira

As segundas -feiras são tramadas. De semana para semana, as minhas vão piorando. Hoje quase não conseguia me levantar. Nao conseguia encontrar um motivo para o fazer... Pensei em tudo o que me podia animar, mas não vi nada, mas nada que me fizesse crer que valia a pena. Estou a ficar preocupada comigo. Isto nunca me aconteceu. Geralmente havia sempre qualquer coisa pela qual vali a pena acordar. Talvez porque este fim de semana soube determinados desenvolvimentos da minha novela pessoal, hoje estou particularmente triste. Já nem consigo chorar, acho que caí num estado de apatia e isso não pode ser. Nao posso deixar-me levar para aí, enquanto ainda choro, pelo menos ainda tenho reacção, agora apatia? NÂO! Não pode ser.

Uns amigos publicaram um video no FB sobre a vida, género: ama dançar, ama o sol, ama cada momento, essas coisas. Eu era tão assim... Como posso agora estar nesta apatia? Nada me anima... Não me anima viver no meio de Lisboa, como sempre tanto quis. Preferia mil vezes viver onde antes estava mais perto do mar. De que adianta viver aqui, se não tenho o resto? Não me anima as mil combinações, não me estão a dar qualquer ânimo, é só uma forma de não me deixar cair mais nesta apatia e vir à tona de água, obrigada pelos outros. Nem as férias que tenho combinadas me animam. Adoro viajar, mas é com a pessoa certa, não com um grupo de amigos.

Aqui há uns anos, alguém que eu conheci tinha uma teoria que para se esquecer um grande amor, se devia ter 10 "namorados" intercalares e só aí se esquecia o outro. Não concordo nada, primeiro porque isso seria usar 10 pessoas. Segundo, porque quem efectivamente amou a outra pessoa, não consegue andar com mais ninguém. Enquanto se ama um, não se consegue amar outro. E eu não consigo neste momento andar com alguém só porque sim. Assim sendo, não sei que faça, passei do estado de raiva, para a apatia e não consigo me mexer, que é que posso fazer? O quê??? ideias...???

Casamentos




Este fim de semana, fui a um casamento. Os casamentos deviam ser momentos bons de felicidade e são, pelo menos para quem se casa! Ainda que dali a um, dois, três anos as pessoas se separem, naquele momento estão felizes. Isso era perceptível na cara dos noivos.

Eu nunca casei, optei não o fazer claramente uma vez, em que achava que bastava amor e uma cabana, para quê papéis. Da segunda vez que podia ter acontecido, o pedido veio tarde demais... Teria casado desta segunda vez, da primeira ainda bem que não o fiz...

De qualquer modo, casamentos não resolvem relações, apenas é um acto de amor. Eu não casaria com ninguém se não o amasse. Hoje dia mudei completamente de opinião, depois de de duas uniões de facto acho mesmo que o casamento é importante. Não deixa de ser o primeiro passo à séria para uma vida em comum. As minhas uniões eram casamentos em tudo, mas ainda assim faltava este passo. Não aconteceu porque eu não quis, mas não tornará a acontecer. A maturidade diz-me agora que este passo é importante.


quinta-feira, 21 de julho de 2011

abandono de mim mesma

Alguns de nós têm a tendência a nos prendermos ao passado. Este próprio blogue é uma forma de me prender ao passado, a momentos de descoberta do meu eu, maravilhosos. Não o quero largar, por ora, mas sei que em breve terá de ser. Ele deixou de fazer sentido. Já não posso ser a Su, terei de passar a ser apenas a Susana, ou outro qualquer nick que alguém me adjective. O nome Su, trás-me demasiadas recordações, bem assim como este blogue. É um fio que me liga a um período super interessante da minha vida: de renascimento, de descoberta de um mundo diferente, de um grande amor. Posso até dizer, de algo inesperado.

Assim, cada dia que passa, este blogue deixa cada vez mais de fazer sentido. É um meio de comunicação vão, sem graça nenhuma, porque deixou de servir o seu propósito. A vida tem de continuar, der tudo isto por onde der. A esperança é a última a morrer, como se costuma dizer, por isso estou certa que terei certamente momentos diferentes para contar, mas noutro espaço, como outra Susana, que não este onde sou a Su. Este espaço, torna-se diariamente um poço de lamentações mais fundo e deprimente que me assusta. Aliás, não terei sido eu a única a largar o meu canto. Outros existem que adoptaram igual postura. Ou porque não precisam, ou porque simplesmente lhe deixou de fazer sentido. Não sei...

A minha dúvida reside, se deixo este espaço, como algo que ele é: um diário. Ou, se o fecho mesmo, para tentar enterrar esta Su que existiu durante um período de 4 anos. Ter de deixar de ser eu custa, por isso não sei se a devo apenas deixar abandonada, em stand by à espera de renascer qual felix, se a mato mesmo. É a dúvida que subsiste... Ainda não é o momento para tomar essa decisão, ainda não estou preparada para tal. Embora possa dizer, que estou FARTA desta Su, pelo menos nos moldes do último ano. Uma Su, de altos e baixos, em constante montanha russa, que em vez de subir vertiginosamente, como uns e outros, desceu abruptamente para os mais profundos meandros do seu eu.

Por ora, é este o meu sentimento: abandono de mim mesma...

sábado, 16 de julho de 2011

preso por ter cão e por não ter

Quem alguma vez sobreviveu a um grandeamor, é feliz até à morte, e infeliz porque dele se curou
Origem:
Autor: Friedrich Von Schiller
Nacionalidade: Alemanha
Viveu em: [1759-1805]
Profissão: Poeta/Dramaturgo

outros blogues

Hoje tive a ler outros blogues. Há muito tempo que não o fazia, o meu tempo como bloguer em que queria mesmo fazer parte desta comunidade há muito que passou. Lembra-me de tempos em que eu andava também perdida, embora de outra forma. Lembra-me, de tempos em que eu reencontrei e felicidade ao lado de alguém sólido e fiel. Alguém que foi muito importante para mim e eu para ele. São tempos findos. Hoje sou outra Su, sou uma Su mais adulta, que sei o que quero, que já não caio em conversas da treta. Sou mais forte, mas também mais amargorada, aquela inocência de outrora foi-se. Já não acredito em contos de fadas. Infelizmente.

Mais, sinto uma incapacidade para amar, que advém do facto de ter menor inocência. Tenho o coração aberto, como sempre, mas sei que dificilmente irei amar outra vez, como já amei. LI há pouco num blogue, que amor, real, só existe uma vez. Não sei se é assim, mas é certo que há pessoas que não se esquecem. As coisas acabam por alguma razão, mas há pessoas que são inultrapassáveis. Acho que o autor tinha razão, mas é tudo uma questão de sorte. Conheço uma pessoa que teve essa sorte: em 3 semanas após o términos de uma relação de amor, encontrou outra relação estável, supostamente de grande amor. Por isso, deve ser possível. Racionalmente, penso que é impossível, mas quem sabe?

No meu caso, acredito piamente que apenas daqui a um ano, mínimo, estarei apta a amar outra vez, de alguma forma. Ainda só passou um mês e meio desde o fim, por isso ainda é cedo para opinar. De qualquer das formas, uma coisa sei, amor como o que tive não me parece possível...

Engraçado, são também o que as pessoas nos dizem nesta fase. Ontem disseram-me algo como: "és uma pessoas maravilhosa, não precisas disso", referindo-se à minha tristeza constante. Não preciso? Pois não, dispenso mesmo até, mas como evitar sentir um buraco no estômago? Como evitar não ter fome, sentir constantemente vontade de dormir, acordar a sentir-me péssima? Como evitar repensar cada momento da minha vida a dois? a lareira em S. Pedro do Sul, as férias na Tailândia, e noutros muitos locais? As cantorias de singstar? A gargalhada geral, com parvoíces várias? Tudo o que fizemos em cada centímetro daquela casa? A intimidade, o dormir de conchinha? Como? Não preciso disto? Não preciso. Sou uma pessoa maravilhosa? Tanto como muitas outras...Mas qual é a solução para isto? Gostava mesmo de saber, mas não sei... Por isso, vou-me arrastando, fazendo o que posso e não posso e levando com a taxa de basófia dos outros em alta, porque acham que conseguiram dar a volta e ainda com amigos/empecilhos que por alguma razão se metem onde não devem. Vou tentanto ser feliz em pequenos momentos. Porque optimista eu sou. Coisa boa... estou mais magra... Ao menos isso...

amigos ou empecilhos?

As pessoas têm uma tendência para se meterem onde não devem. É mais forte que elas. Gostam de dar conselhos aos amigos: "ah tu não faças isso"; "ah tu vê lá!" e por aí adiante... Está errado. Não têm de se meter onde não são chamados. Gostamos que nos apoiem, não que nos condicionem a vida.

Hoje aconteceu-me um episódio lamentável desses, alguém se meteu literalmente onde não devia e o problema é que já não é a primeira, nem segunda, nem terceira, nem centésima vez. Compreendo que não faça por mal, mas como diz um amigo meu "menos!".

Efectivamente, esse tipo de pessoas não são isentas perante os acontecimentos alheios, nem se apercebem o mal que fazem ao condicionar a vida dos outros. E fazem mal, porque infelizmente há quem seja suficientemente influenciável para se deixar levar pelas opiniões alheias. E pode até nem ser isso, mas ao ouvir a opinião de um amigo, as pessoas tendem a optar por esse rumo, ainda que tivessem outro em mente. Está errado... Tudo isso está errado.

Actualmente, rejo-me pela máxima: "faz o que te dita o coração, o que tu sentes que deves fazer". Deixei de seguir aquilo que os outros me diziam. Assim sendo, por vezes faço coisas que não devia, mas pelo menos sei que é aquilo que o meu coração me ditou.

É pena que a maioria das pessoas não siga este pensamento e se deixe levar por aquilo que acha que tem de fazer. Cortam aquilo que sentem, ou querem fazer, porque A. vai pensar mal, ou B vai levar a mal, ou sei lá... Tudo falsas desculpas, para fazerem o mais fácil: "ah ela vai ficar magoada, melhor não...". Que parvoíce, em vez de se ouvirem a si mesmos e à parte envolvida, ouvem terceiros, ainda que inconscientemente. Claro que, pior, são esses terceiros que não se metem na própria vida e que por vezes até são nossos amigos. Esses sim, deviam se consciencializar que por vezes o que dizem pesa demasiado nas decisões das pessoas que lhes são próximas e que podem fazer sofrer alguém à conta dessas opiniões despropositadas e descontextualizadas.

Fica-me a lição, não me meter em assuntos alheios: ouvir, analisar, mas não opinar, é esse o grande ensinamento da minha grande amiga Dalai Carla, que sigo agora diariamente.


quinta-feira, 14 de julho de 2011

Faço tudo o que posso e não posso. Faço demais, até... até quando?

terça-feira, 12 de julho de 2011

olhos de amendoa

Ontem, estive com o olhos de amendoa. Fez-me super bem. Precisava disso como de ar para respirar. Não se passou nada demais, não consegui dizer metade do que tinha pensado, nem fazer um quinto do que me apetecia, mas fiquei feliz naquele momento. Tive a certeza absoluta de que aquilo era "for real". Foi uma 1h20 de espera para 20 minutos, mas valeu a pena. Depois de 2 meses de ausência, era essencial fazê-lo. Sei que aquilo não acabou ali, tenho a certeza no meu coração e mesmo nos seus olhos.

Claro que hoje estou a ressacar mais uma vez, mas pelo menos tive esse prazer. Foi assim mais para o lusco fusco, mas valeu a pena.

Neste momento, não consigo comer, não consigo dormir, estou mal disposta. Trabalho, nem vê-lo, mas... Apesar disso tudo valeu a pena.

A única coisa boa disto tudo é que estou a emagrecer a olhos vistos, qualquer dia peso 50 kls! Alegre-se a minha alma, com uma coisa boa no meio disto tudo, voltar a vestir o 34, ahahhahah.


PS - olha a blognovela mexicana!

domingo, 10 de julho de 2011

A ressaca

Dizem que quem se droga, tem uma ressaca brutal quando deixa de consumir drogas. Penso que o mesmo se passa, quando deixamos de estar com alguém que nos diz muito. Aquela conversa de um dia de cada vez e há não sei quantos dias que não consumo é igual. Nestas coisas do amor, os dias vão passando e temos uns melhores e uns piores, temos recaídas, sofremos horrores, depois melhoramos um bocadinho, depois voltamos a ter a recaída. Dói também como se o nosso corpo sentisse a falta da nossa droga. Pior, dói o corpo e alma. É como se tivéssemos o coração apertado, como se existisse uma espécie de fibra fininha que cobrisse o nosso coração e nos tornasse insensível a muita coisa.

Como numa recuperação da droga, isto tem de ser um dia de cada vez, até que a coisa vá passando. Temos de pensar e voltar a pensar em cada momento bom, mas também nos maus para aceitarmos que acabou por alguma razão. Temos de diária e constantemente nos relembrarmos do que se passou para chegarmos a este ponto. Claro que para quem é emocional, não há momentos maus, ou más lembranças, que nos faça deixar de pensar no que perdemos, quando afinal não perdemos, mas deixamos ir por incapacidade de lidar com certas coisas.

Hoje foi um dia mau, de recaída, depois de dois dias bons e uns tantos mais ou menos. Sem razão aparente tive toda a noite a ressacar, a sonhar e a pensar. Acordei cedíssimo, sempre com isto na cabeça. E, apesar de ter ido fazer uma nova actividade - vela - desvalorizei o momento agradável que foi, em boa companhia, porque não conseguia tirar isto da minha cabeça. Detesto recaídas, não fazem sentido nesta fase, nem adiantam nada, só me fazem sofrer. Parece que luto contra uma parede de aço, é a minha sensação. Falo para mim, sobre mim, sem qualquer resposta. Não adi-an-ta grito eu ! Mas nada!

Preciso da minha droga urgentemente, como se fosse efectivamente drogada, ou me metesse nos copos, e como não a tenho sofro horrores. Penso que é o fim do mundo, etc, etc. Como qualquer verdadeiro junky que tem de se convencer que acabou a droga e a vida tem de continuar.

Isto sou eu a analisar racionalmente o que se passa na minha mente, o pior é que infelizmente o meu lado emocional não me deixa parar de ressacar e avançar.

Precisava de me apaixonar seriamente para passar a uma nova fase, mas sinto-me incapaz de me apaixonar e de fazer com que os outros se apaixonem. Isto é tipo um circulo vicioso. Se não estás bem, não te apaixonas, mas por outro lado ninguém se interessa por alguém que também não se entrega, ou parece carente. Quando estou nesta fase, ou fico super needy, ou super na minha. Por isso, ou tenho a sorte de encontrar alguém na mesma fase que eu, mas que normalmente não me atrai por ser needy, ou então esquece! Assim sendo, parece que a cigana tem razão é desta que fico para tia por incapacidade para o amor! LOL

E mais um dia

sábado, 9 de julho de 2011

Petiscos



A vida da-nos realmente alentos para enfrentarmos as nossas adversidades. Não esquecemos as amarguras, nem as pessoas que nos fazem falta, mas podemos encontrar outras que nos fazem sentir também bem. A vida efectivamente é uma surpresa e quando não estamos à espera encontramos algo, ou alguém, que nos faz sentir outra vez vivas e que faz a vida parecer melhor e mais cheia. Pode apenas ser um momento, mas já é alguma coisa.

Ontem e hoje tive duas noites muito giras, cada uma à sua maneira, com pessoas diferentes. E qualquer uma delas, me fez renascer. Grupos diferentes, estilos diferentes, mas ambos preenchidos de gargalhadas e boa onda. Ontem petisco, brejeirice, hoje restaurante fino, conversa séria, mas bem disposta. Isto tudo fez com que começasse a arrebitar! Se vai durar não sei, mas por ora sinto-me bem melhor que nas últimas semanas. E isso já é um plus!

Assim sendo, veremos o que o fim de semana nos trás... Domingo tenho vela, pela primeira vez... A ver!


quarta-feira, 6 de julho de 2011

Passado/Futuro


Todos me dizem: esquece o passado e olha para o futuro! Parece-me um conselho lógico e prático. O passado é mesmo isso, passado, finito, the end. O futuro é um mundo cheio de opções, cheio de promessas. Fosse assim tão simples, acho que o mundo seria mais fácil. Tendemos a ficar agarrado às coisas que se passaram connosco, às pessoas que passaram pela nossa vida, idealizando cada momento, como se fosse único e impossível de superar. Não são certamente, só acreditamos que sim até passarmos por novos momentos, melhores e mais preenchidos. Assim e nesta perspectiva fui olhar o futuro...

Há cerca de 6 meses tinha comprado uma sessão de tarot cigano, naquele site Grupon, custou 8 €, por isso achei porque não??? Até já me tinha esquecido daquilo, quando fui consultar as minhas compras e me apercebi que terminava hoje o prazo. Assim marquei para ontem...

Lá fui eu, sabendo perfeitamente que aquilo era tanga, mas "que las hay, hay". Bom, foi surreal... A senhora começou por me dizer que eu era super racional, pensava muito nas coisas, ponderava, era muito objectiva. Quem me conhece, sabe perfeitamente que sou 80% emotiva e apenas 20% racional. Logo, a coisa começou mal... Depois, prosseguiu dizendo que iria mudar de emprego ainda este ano. Mau! Já não me bastavam as mudanças emocionais, agora também vou mudar de vida profissional?? Enfim, adiante, pensei... O que me matou foi o que ela disse a seguir com uma voz calma, como se nada fosse: que não ia conseguir ultrapassar o que estou a passar agora e mais, que nunca mais ia ter uma relação séria! Muito bom! A acreditar nisto, vou ficar solteira para o resto da minha vida. Só me posso rir. Enquanto não resolver as questões pendentes, profetizou ela, esqueça! Ora, portanto, pensei eu, a acreditar nela, vou ficar para tia, porque resolver as questões pendentes não depende de mim. E parece que é este o meu futuro!

Claro que não acredito nada disto, mas sinceramente ouvir estas coisas numa altura destas, faz-me pensar. Ela até terá razão que tenho de resolver as coisas pendentes, mas não da forma como o disse, porque isso não acredito que se venha a concretizar. Se vier, passo a ir lá todas as semanas, ahahahahah. Enfim, foi um episódio engraçado da minha vida. Saber que não vou conseguir o passado, como todos me aconselham pela boca de uma cigana profetiza, enquanto não se derem certos acontecimentos! Imperdível!

segunda-feira, 4 de julho de 2011

A cada dia que passa


A cada dia que passa, a coisa fica com contornos diferentes. Passa de infelicidade a raiva, de angústia a esperança, de medo a optimismo. Enfim... É um mar de emoções que se vão transformando e correndo o meu dia a dia. E por falar em mar...

Este fim de semana fui fazer canoagem no Mondego e quase, quase, não pensei nisto. Como terminei o fim de semana com um filme romântico, não pude deixar de pensar na minha vida. Acabei o dia com esperança.. Não que me apareça um príncipe, que esses só no cinema mesmo, mas que a minha vida tome contornos mais cor de rosa. Afinal é verão, não é verdade? No verão as coisas são mais fáceis e pode ser que este seja um bom verão, nunca se sabe! Obviamente que já não tenho 18 e acredito no pai Natal, mas porque é que as coisas não me irão correr melhor que no último ano? Acreditar é a palavra chave!

terça-feira, 28 de junho de 2011

A cada dia que passa

Escrevo aqui na esperança que a minha mente se alivie. Tenho escrito todos os dias, porque ela teima em não me deixar respirar. Quando estou bem, não escrevo, curioso... Nestes últimos meses, não escrevi muito, porque mal ou bem, a coisa foi caminhando sossegada, com a promessa de que as coisas iriam resultar. Não aconteceu, por isso aqui estou eu, de novo, nesta labuta.

Foi assim que este blog começou há quatro anos, pela mesma razão. Nessa altura, apesar de tudo, os conteúdos eram bem mais softs. Acho que precisava menos de me expressar do que agora. Tive a sorte da vida, de reencontrar o amor o que me fez esquecer todos os males do passado, que ainda eram alguns. Não tive tal sorte agora... Ainda! Pois, não deixo de acreditar que se este amor não deu resultado, existe aí mais algum que me fará feliz. Adorava que este tivesse sido para sempre, mas não foi, por culpa de ambos. Melhor dizendo, não é o amor que não vai durar para sempre, porque isso acho que vai. Aquela pessoa vai ser sempre o meu amor, a relação é que não durou para sempre. Nada mais posso fazer, para a manter. Por isso, em cada dia que passa, estou a tentar ultrapassar. Custa como tudo. Parece que temos um buraco no estômago, não temos fome, estamos tristes, nado nos faz feliz, etc. Todos estes sentimentos, são recorrentes em quem já esteve apaixonado e perdeu o objecto do seu amor. Mas como se esquece um grande amor?

No outro dia, enviaram-me um link dum artigo do MEC. Este dizia que não era com saídas de amigos, nem com o entretém do cérebro, mas antes com o repensar e deixar morrer aos poucos o amor, que se ultrapassa a coisa. Não acho! Não sei que raio de cérebro tem o MEC, mas o meu trabalha ainda que acompanhado de 100 pessoas. Não preciso de me isolar para pensar nisto, para fazer o meu luto. Pensar é infelizmente o que mais faço, tanto que quase fico corroída. Claro que, não tenho a paciência que teria se estivesse bem, para ir a festas e grandes convívios, mas tenho de sair e fazer qualquer coisa, sob pena de enlouquecer. Também não me apetece estar no mesmo registo de há uns meses, com as mesmas pessoas. Tenho de encontrar novos grupos, para espairecer. Aquelas pessoas, meus amigos fiéis, infelizmente lembram-me de melhores dias e isso consome-me. Preciso assim, de cortar algumas raízes, sair daquela zona de conforto e encontrar novos ambientes. Não quer dizer, que não esteja com eles, mas a eles tenho de juntar novo ar.

E em cada dia que passa, a coisa vai tornando novos contornos... A ver...

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Episódios

A minha vida de sábado passado para cá, tem sido vivida em pequenos momentos isolados. Momento de neura, momentos de desespero, momentos de choro, momentos de admiração, momentos de raiva, momentos de culpa, momentos e mais momentos. Parece que não tenho uma vida uniforme, mas antes uma sucessão de pequenos slides.

Slide um - fim do dia de sexta-feira, praia.

Sexta-feira foi um dia especialmente mau, estava cheia de convicção que iria ter uma conversa importante para mim, mas infelizmente cortaram-me as vazas. Sei que inicialmente não foi de propósito, apenas depois quando as coisas descambaram. Quando a taxa de basófia da pessoa está em alta, os outros tornam-se menos importantes. Eu estou bem, portanto para quê maçar-me, é humano... mas também é triste... Bom, neste cenário, resolvi ir à praia, porque parecia que a única coisa que me animaria seria sentir o mar. Portanto, fui. Inevitavelmente fartei-me de chorar, porque aquela praia era mais um cenário do meu comboio fantasma. Estava eu a chorar copiosamente, quando se acerca de mim um senhor que apenas me disse: "não sei porque chora, mas posso assegurar-lhe que a minha história é pior que a sua". Fiquei parva, nem queria acreditar na lata da pessoa, mas o senhor pareceu não se aperceber e continuou: " tenho uma namorada de 14 anos que está grávida e ando com outra pessoa há um ano que estou em riscos de perder, porque não aceita que eu queira ter o filho com a outra". Perante isto, apenas lhe disse: " tem razão, efectivamente a sua história é pior". O senhor sorriu e foi-se embora dizendo: "está a ver como ajudei?". Este episódio fez-me ver duas coisas naquele momento: que há pessoas com histórias bem mais complicadas do que a minha e que ainda há pessoas boas. Aquele senhor, apenas se acercou de mim para me confortar, não pretendia mais nada. Não pretendia saber o meu nome, o meu contacto, fazer qualquer manobra de engate barato. Apenas me queria dizer isto para me fazer ver que há coisas piores. Claro que o alivio foi curto, porque lá diz o ditado: " com o mal dos outros posso eu bem", mas fez-me ver que é isso também que se passa com o motivo da minha tristeza. Com o meu mal pode ele bem... Custa-lhe, mas não o mata como a mim. Racionalizou que este é o melhor caminho para mim, embora sabendo no fundo que não é, porque é o mais fácil para si. Embora saiba que o correcto era enfrentar-me, não quer porque não se quer chatear. Sabe que vai ser difícil e complicado e por isso não está para ter essa dor. É egoísmo? Sem dúvida... mas é humano... Se eu lhe perdoo? Não sei...

terça-feira, 21 de junho de 2011

I'll be right here, 'Till all the pain just disappears, I don't want to escape






Acordei hj a sentir-me a única pessoa no mundo. Sozinha e depenada. LOL. Como a nossa mente nos engana quando estamos na mó de baixo... No meio desta loucura toda que têm sido estes dois dias, consigo ver isto. Estou a ser enganada por mim mesma. Como disse ontem uma amiga minha, o que mudou de sábado para hoje, o que mudou concretamente na minha vida? Nada, o meu dia a dia mantém-se inalterado. Acontece porém, que até sábado havia um elo importante que me mantinha viva. Esse elo foi-se, porque eu o deixei partir. Quando o fui reforçar, foi tarde demais. Agora por isso, sinto-me sozinha. Acordo às 6 da manhã a olhar para o tecto na minha casinha de encantar de tectos rebaixados e sinto-se só. Sei que não estou, há mais gente no mundo, mas quem eu queria que estivesse já não está. E isso dói. E muito.

Este último ano, foi levado a bem, porque eu sabia que havia uma coisa muito especial que existia. Agora não há já. Ou melhor, não com essa intensidade. As pessoas deslumbram-se com outras, quando acreditam que essas vão ser melhor solução. Eu não tive essa capacidade, não consegui encontrar a tal melhor solução. Todas as soluções que encontrei pareceram-se fracas ao pé da que tinha. Assim sendo, está visto quem era o elo mais fraco do elo: euzinha... Eu sabia disso, sempre soube, mas acreditei que o elo em si era forte o suficiente para aguentar mais uns tempos. Que tonta!

É a melhor solução, dizem-me todos, várias e diversas vezes. Ao outro lado, tenho a certeza absoluta que também o dizem e que ele acredita nisso. Acontece porém, que eu não. Não estou nada convicta. Nada mesmo. Uma coisa desta intensidade não pode ser desperdiçada, foi a conclusão a que cheguei nesta semana de meditação. Too late... O deslumbre da outra parte por solução diferente, impede que sinta isso. O deslumbre vai passar, mas aí já não voltará atrás, é do seu feitio... Por isso, estou perdida... Tenho de encontrar forma de me reencontrar. Já passei por isto uma vez, há 13 anos atrás, vou voltar outra vez a passar o mesmo. Da outra vez foi um ano e meio de sofrimento, quanto será agora??? Só o tempo o dirá...

I'll be right here,
'Till all the pain just disappears,
I don't want to escape

domingo, 19 de junho de 2011

Hoje "tive um balde de água fria". Foi assim como levar com um saco de gelo na cabeça e este aí permanecer durante o dia inteiro. Não era nada que não previsse poder acontecer, mas nunca já. Curiosamente, a pessoa que me provocou tal choque foi aquela que me acusava de estar a fazer, coisa que nunca aconteceu efectivamente... Assim sendo, as pessoas deviam calar-se antes de acusar os outros de que coisas que não são reais. Quem me dera a mim ter tido o proveito daquilo de que me acusaram, mas não... Afinal quem levou mesmo com o balde fui eu...

Não posso dizer que não contribui para que o balde fosse despejado em cima da minha cabecinha, mas não posso deixar de admirar a volatilidade das coisas e de pensar que realmente sou uma parva em não conseguir deixar de me sentir gelada com isso...

Perante tanta água fria na minha cabeça, passei o dia que nem uma zombi. Já tinha passado as duas últimas semanas numa ansiedade para resolver certos assuntos pendentes, mal sabendo eu que ia levar com a dita da água quando chegasse de férias.

E assim lá fiquei eu a passarinhar ao sol, sem rumo, até que me resolvi deitar na relva. Como que adivinhando o que se passava no meu coração gelado com tal banho, um cachorrinho deitou-se a meu lado, lambendo-me as mãos... Será que os animais conseguem compreender a dor de uma pessoa? Só pode, porque ele ali ficou a dar-me o abracinho que precisava.

Curiosamente, a pessoa culpada do meu banho de hoje, escreveu no seu blogue, que uma criança havia lhe dado a mão, num gesto de amizade, como que adivinhando o que se passava no seu coração perturbado. Foi o mesmo aqui. O cachorro sentiu-me gelada e quis ajudar. Foi bom, mas não suficiente. O que me ajudou mesmo foi ter amigos FANTÁSTICOS que querem mesmo saber se alguém me deita coisas geladas na cabeça e que são objectivos e práticos e me fazer companhia e mais companhia. Não teria conseguido sobreviver com tanta presença de espírito a este ano, senão fossem eles.

Enfim... foi um dia choné, como grande parte deste ano que nunca mais acaba. Sendo que o meu ano choné começou em Agosto, espero que acabe também em Agosto. É que assim, só faltava um mês e tal!

A ver...

A relembrar: deixar o tempo passar que tudo passará, com mais mágoa, mais dor, a acreditar cada vez menos, mas passará!

Uma coisa vos digo, ter ido ver a Ressaca sempre ajudou, de tão choné que o filme também é... Só é pena mesmo passar-se na Tailândia... País que associo à água gelada...

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Ouvi algures "a minha vida é uma montanha russa". A minha também, não querendo copiar os sentimentos alheios. O que é normal... Na verdade a vida humana é feita de altos e baixos, uns maiores que outros... No entanto, a minha vida, da qual posso falar com conhecimento de causa, tem sido um constante looping. Ou seja, uma espécie de jornada circular onde vou parar sempre ao mesmo lugar... o inicio. Infelizmente é assim, 12 meses de luta para com sentimentos de derrota, de falha, sentimentos que não consegui ultrapassar, tendo passado por isto apenas para voltar ao ponto de onde saí. A verdade é que ora estou em baixo, ora estou em cima, mas a coisa não muda substancialmente. Na verdade, tudo se mantém. A questão é, o sentimento agora começa a estar deturpado, manchado, esbotado e confunde-me. Não compreendo... Não consigo assimilar os novos sentimentos que se vão formando em mim, face às minhas experiências pessoais. O meu fígado não consegue drena-los e estou em overdose de sentimentos.

Porque tem de ser assim e porquê agora este sentimento de revolta agravada, de tristeza tão grande, questionava-me D. no outro dia..? Sim, porquê agora? Respondi-lhe: "agora como antes, porque a vida é circular". E é.... Os meus sentimentos, têm voltado sempre ao ponto de partida, porque não consegui sair da casa de partida do meu monopólio pessoal. Os dados lançados não o permitiram... Quisesse eu que o tivessem permitido, pois agora estaria em ascensão suprema no minha montanha russa pessoal. Infelizmente não, paguei o bilhete para mais umas voltinhas, segundo parece, mas... esperar compensa, dizem... Estou a pagar para ver!

Assim, embora não consiga desfrutar da viagem como dizem que se deve fazer, pelo menos aposto tudo no dia em que vou sair do looping e fazer finalmente a tão desejada subido. Será hoje o dia?

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Perfis sociais



A propósito de uma conversa, cheguei a uma conclusão: sou uma people person, adoro conviver! Todos nós temos perfis sociais, mas uns são mais intimistas que outros. Há quem prefira estar consigo mesmo, ou com o seu companheiro, vulgo namorado/marido/amante/unido de facto; outros, com imensas pessoas. É o meu caso. Adoro conhecer novas pessoas, novos mundos. Cada um de nós é um mundo novo e adoro chegar a esse mundo. Há pessoas verdadeiramente surpreendentes. E às vezes não é preciso ir muito longe. Às vezes, é apenas aquele nosso amigo/a de há algum tempo que de repente nos surpreende pela positiva. Por isso amo conhecer pessoas, falar com elas, conviver com elas, fazer, espreitar, explorar. Claro que isso, não me impede de estar também só com uma pessoa, isso também é importante, mas porque razão nos havemos de limitar? Porque não podemos partilhar o convivio? Isso só o torna mais rico, certo?


Nesta perspectiva resolvi aporfundar aquele meu conceito de auto-estrada versus marginal... Será você a A5 ou a Marginal? Hum?


Então, perfil de pessoa A5:
- aquele que passa pela vida a correr; aquele que não pára para conhecer novas pessoas; que não tem curiosidade em conhecer outras realidades, outros mundos; aquele para quem custa sair da zona de conforto e por isso, apenas sai de vez em quando para ir conhecer, aka vai a uma bomba de serviço; aquele para quem estar num novo grupo não faz qualquer sentido, para quê o esforçode conhecer, de saber mais sobre as outras pessoas? Aquele para quem ter 3 amigos já é muito!

perfil de pessoa marginal:

- aquele que constantemente sai da sua zona de conforto e se expoê; passeia insistentemente pela vida, frequentando novos lugares, conhecendo novas pessoas; aprofundando conhecimentos nas mais variadas áreas. É aquela pessoa para quem faz sentido conhecer pessoas, ainda que depois venha a verificar que as mesmas nada têm a ver consigo: conhecer, experimentar é a palavra de ordem! GEralmente estas pessoas cresceram com N grupos de amigos, que ainda mantêm.


Claro que estes perfis de pessoas não são estanques! À semelhança do meu post de pessoas cão e pessoas gato, há pessoas que são A5 e pensam que são marginal e vice versa. Pior! que fingem que são marginal e são A5 e vive versa! Também as há, daquelas que têm momentos A5 e momentos marginal. Enfim, nenhum ser humano é estanque...


Eu sou claramente Marginal. Tenho uma sede enorme de conhecer, uma curiosidade quase sempre incessante de o fazer. E isto estende-se a outras áreas da minha vida, por exemplo às actividades, às viagens. Cheguei à conclusão, que mais que uma people person, sou uma curiosa! A cusiosidade é a minha palavra de ordem e acaba por reger grande parte da minha vida.


O que é cada um de nós? A5 ou Marginal?


A reter: desde que cada um seja feliz com o que é, está-se bem!
 
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