domingo, 19 de junho de 2011

Hoje "tive um balde de água fria". Foi assim como levar com um saco de gelo na cabeça e este aí permanecer durante o dia inteiro. Não era nada que não previsse poder acontecer, mas nunca já. Curiosamente, a pessoa que me provocou tal choque foi aquela que me acusava de estar a fazer, coisa que nunca aconteceu efectivamente... Assim sendo, as pessoas deviam calar-se antes de acusar os outros de que coisas que não são reais. Quem me dera a mim ter tido o proveito daquilo de que me acusaram, mas não... Afinal quem levou mesmo com o balde fui eu...

Não posso dizer que não contribui para que o balde fosse despejado em cima da minha cabecinha, mas não posso deixar de admirar a volatilidade das coisas e de pensar que realmente sou uma parva em não conseguir deixar de me sentir gelada com isso...

Perante tanta água fria na minha cabeça, passei o dia que nem uma zombi. Já tinha passado as duas últimas semanas numa ansiedade para resolver certos assuntos pendentes, mal sabendo eu que ia levar com a dita da água quando chegasse de férias.

E assim lá fiquei eu a passarinhar ao sol, sem rumo, até que me resolvi deitar na relva. Como que adivinhando o que se passava no meu coração gelado com tal banho, um cachorrinho deitou-se a meu lado, lambendo-me as mãos... Será que os animais conseguem compreender a dor de uma pessoa? Só pode, porque ele ali ficou a dar-me o abracinho que precisava.

Curiosamente, a pessoa culpada do meu banho de hoje, escreveu no seu blogue, que uma criança havia lhe dado a mão, num gesto de amizade, como que adivinhando o que se passava no seu coração perturbado. Foi o mesmo aqui. O cachorro sentiu-me gelada e quis ajudar. Foi bom, mas não suficiente. O que me ajudou mesmo foi ter amigos FANTÁSTICOS que querem mesmo saber se alguém me deita coisas geladas na cabeça e que são objectivos e práticos e me fazer companhia e mais companhia. Não teria conseguido sobreviver com tanta presença de espírito a este ano, senão fossem eles.

Enfim... foi um dia choné, como grande parte deste ano que nunca mais acaba. Sendo que o meu ano choné começou em Agosto, espero que acabe também em Agosto. É que assim, só faltava um mês e tal!

A ver...

A relembrar: deixar o tempo passar que tudo passará, com mais mágoa, mais dor, a acreditar cada vez menos, mas passará!

Uma coisa vos digo, ter ido ver a Ressaca sempre ajudou, de tão choné que o filme também é... Só é pena mesmo passar-se na Tailândia... País que associo à água gelada...

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Ouvi algures "a minha vida é uma montanha russa". A minha também, não querendo copiar os sentimentos alheios. O que é normal... Na verdade a vida humana é feita de altos e baixos, uns maiores que outros... No entanto, a minha vida, da qual posso falar com conhecimento de causa, tem sido um constante looping. Ou seja, uma espécie de jornada circular onde vou parar sempre ao mesmo lugar... o inicio. Infelizmente é assim, 12 meses de luta para com sentimentos de derrota, de falha, sentimentos que não consegui ultrapassar, tendo passado por isto apenas para voltar ao ponto de onde saí. A verdade é que ora estou em baixo, ora estou em cima, mas a coisa não muda substancialmente. Na verdade, tudo se mantém. A questão é, o sentimento agora começa a estar deturpado, manchado, esbotado e confunde-me. Não compreendo... Não consigo assimilar os novos sentimentos que se vão formando em mim, face às minhas experiências pessoais. O meu fígado não consegue drena-los e estou em overdose de sentimentos.

Porque tem de ser assim e porquê agora este sentimento de revolta agravada, de tristeza tão grande, questionava-me D. no outro dia..? Sim, porquê agora? Respondi-lhe: "agora como antes, porque a vida é circular". E é.... Os meus sentimentos, têm voltado sempre ao ponto de partida, porque não consegui sair da casa de partida do meu monopólio pessoal. Os dados lançados não o permitiram... Quisesse eu que o tivessem permitido, pois agora estaria em ascensão suprema no minha montanha russa pessoal. Infelizmente não, paguei o bilhete para mais umas voltinhas, segundo parece, mas... esperar compensa, dizem... Estou a pagar para ver!

Assim, embora não consiga desfrutar da viagem como dizem que se deve fazer, pelo menos aposto tudo no dia em que vou sair do looping e fazer finalmente a tão desejada subido. Será hoje o dia?

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Perfis sociais



A propósito de uma conversa, cheguei a uma conclusão: sou uma people person, adoro conviver! Todos nós temos perfis sociais, mas uns são mais intimistas que outros. Há quem prefira estar consigo mesmo, ou com o seu companheiro, vulgo namorado/marido/amante/unido de facto; outros, com imensas pessoas. É o meu caso. Adoro conhecer novas pessoas, novos mundos. Cada um de nós é um mundo novo e adoro chegar a esse mundo. Há pessoas verdadeiramente surpreendentes. E às vezes não é preciso ir muito longe. Às vezes, é apenas aquele nosso amigo/a de há algum tempo que de repente nos surpreende pela positiva. Por isso amo conhecer pessoas, falar com elas, conviver com elas, fazer, espreitar, explorar. Claro que isso, não me impede de estar também só com uma pessoa, isso também é importante, mas porque razão nos havemos de limitar? Porque não podemos partilhar o convivio? Isso só o torna mais rico, certo?


Nesta perspectiva resolvi aporfundar aquele meu conceito de auto-estrada versus marginal... Será você a A5 ou a Marginal? Hum?


Então, perfil de pessoa A5:
- aquele que passa pela vida a correr; aquele que não pára para conhecer novas pessoas; que não tem curiosidade em conhecer outras realidades, outros mundos; aquele para quem custa sair da zona de conforto e por isso, apenas sai de vez em quando para ir conhecer, aka vai a uma bomba de serviço; aquele para quem estar num novo grupo não faz qualquer sentido, para quê o esforçode conhecer, de saber mais sobre as outras pessoas? Aquele para quem ter 3 amigos já é muito!

perfil de pessoa marginal:

- aquele que constantemente sai da sua zona de conforto e se expoê; passeia insistentemente pela vida, frequentando novos lugares, conhecendo novas pessoas; aprofundando conhecimentos nas mais variadas áreas. É aquela pessoa para quem faz sentido conhecer pessoas, ainda que depois venha a verificar que as mesmas nada têm a ver consigo: conhecer, experimentar é a palavra de ordem! GEralmente estas pessoas cresceram com N grupos de amigos, que ainda mantêm.


Claro que estes perfis de pessoas não são estanques! À semelhança do meu post de pessoas cão e pessoas gato, há pessoas que são A5 e pensam que são marginal e vice versa. Pior! que fingem que são marginal e são A5 e vive versa! Também as há, daquelas que têm momentos A5 e momentos marginal. Enfim, nenhum ser humano é estanque...


Eu sou claramente Marginal. Tenho uma sede enorme de conhecer, uma curiosidade quase sempre incessante de o fazer. E isto estende-se a outras áreas da minha vida, por exemplo às actividades, às viagens. Cheguei à conclusão, que mais que uma people person, sou uma curiosa! A cusiosidade é a minha palavra de ordem e acaba por reger grande parte da minha vida.


O que é cada um de nós? A5 ou Marginal?


A reter: desde que cada um seja feliz com o que é, está-se bem!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Estou farta de mim mesma, é oficial!

Não dá para nos rifarmos a nós mesmos? Para mudarmos de maneira de ser? Deveria haver para aí uma empresa que nos fizesse esquecer quem nós somos e nos mudasse a personalidade... Com tanta clínica para aí, ainda não inventaram uma que por hipnose, ou outro qualquer método, fizesse com que nos esquecêssemos de algumas coisas, ou pessoas. Isto é um nicho de mercado, como é que ainda não foi inventado??? Com tanta coisa estúpida que se descobre e vende, porque não isto?? Era fantástico... Já estou a ver os anúncios: "acabou com o seu namorado, quer esquecê-lo em 24 horas? Nós temos a solução!, ou então: "quer deixar de ser paranóico? Venha falar connosco...". Isso é que era um sonho...

Como não existe, estou farta e quero rifar-me! A minha mente faz-me lembrar os cães, quando andam à volta da sua calda, sempre em círculos, sem a apanharem. Na minha cabeça, dá-se o mesmo processo: e gira e toca o mesmo e gira e toca o mesmo e gira e toca o mesmo... Que canseira! Bolas...

Tenho uma amiga que diz que devo deixar as coisas seguirem o seu rumo e ver o que se irá gerar na minha vida, sem estar a fazer mil suposições sobre isto e aquilo, sobre "se" e "se", mas não consigo, a minha mente é uma gaja muito chata. Eu até acho que não sou, mas ela é. Não me dá sossego, não me deixa em paz, não me deixa dormir em paz, nem trabalhar decentemente. Em consequência disso, este blogue está oficialmente também uma SECA! Despejo aqui as minhas ideias, os meus desabafos, quando já não aguento tê-los só aqui dentro. Não que adiante grande coisa... Mas vá, é como chorar. Não passa, no entanto alivia...

Uma coisa é certa, ainda bem que ninguém lê isto nos dias que correm, lol, e eu não apareço identificada! Pelo menos tem a vantagem de poder escrever estas coisas verdadeiramente deprimentes e aborrecidas sem ninguém me associar a quem sou. É mesmo fixe essa parte. Poder ser super seca aqui, ninguém me conhece mesmo! Enfim:

Lembrar: não divulgar muito o blogue sob pena de ser apelidada de neurótica deprimida! :)
Hoje li uma crónica publicada no Publico, pelo Miguel Esteves Cardoso, na qual este falava sobre o casamento. Ou melhor, na qual este falava sobre o segredo do SEU casamento. Segundo o ponto de vista dele, os casamentos são como um filho. Temos de o criar, manter e fazer crescer. É uma entidade viva que existe para além do casal e para além até dos filhos que estes venham a ter. Está bem visto... Bem sabemos como é complicado manter uma relação de casamento, ou união de facto saudável o suficiente para perdurar no tempo. Não é tarefa fácil...

Várias são os motivos que podem levar o casal a desentender-se: a forma de encarar a vida, os projectos pessoais, a forma de gerir o dinheiro, ou a casa, a forma de educar os filhos, o estilo de vida pretendido, os interesses em comum, N coisas. Viver com outro ser, que não nós, não é fácil. Ajuda quando à partida, os interesses em comum são 80%, o estilo de vida é o mesmo, etc, etc, etc. Ainda a assim, quantos e quantos casamentos falham...

Não há portanto soluções certas... Será portanto uma questão de sorte?? De encontrar aquele que nos faz feliz e com quem consigamos ir gerindo as nossas diferenças? Ou será uma questão de paciência, que é coisa que a nossa geração não tem..?


sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Deambulações mentais às 9 da manhã

Há momentos da vida em que não sabemos como devemos actuar, o que devemos fazer para alterar o rumo da nossa vida. Dependemos muitas vezes dos outros, de os compreender para saber como devemos avançar e os outros muitas vezes são também equívocos porque também eles não sabem para onde querem ir. E isso é uma chatice! Se eu não sei e o outro não sabe, andamos num impasse desgraçado.

Agora a questão é, porque é que ninguém sabe? Porque a vida é feita de mil opções, que levam a mil caminhos e é complicado prever o desfecho de muitos deles. Penso que o problema é essencialmente medo. Medo do que nos espera quer sigamos um, ou outro caminho...Qual será aquele que nos leva à felicidade?? Uma felicidade duradoura e não meramente fugaz..? Esse é que é o problema... E se não tomamos agora a opção e estragamos tudo para sempre..? E se a tomamos e nos arrependemos..? Bolas!

Dizem-nos para seguir o nosso coração.... É uma hipótese... mas e o raio da cabeça onde fica nisto tudo? Não devia também ela entrar no jogo, já que o coração é muitas vezes ilusório?

Sei lá! Que venha o diabo e escolha, que seja o que a vida reservar...

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O vazio
Quando se acaba uma relação, sente-se um vazio inacreditável. É como se o mundo deixasse de fazer sentido. A nossa vida, o nosso dia a dia, torna-se um amontoado de segundos, que se transformam em minutos, que se transformam em horas, em dias, em semanas, mas nada se passa. Podemos sair, tomar café, ir ao cinema, fazer mil coisas, mas no fim do dia, quando nos vamos deitar, o vazio deita-se connosco...

O amor
É engraçado como se pode acabar relações ainda gostando um do outro. Há relações que acabam assim, ainda com amor. São as mais complicadas de ultrapassar... Aquelas que acabam mal, já com muito desgaste, sem qualquer tipo de atracção física, ou emocional, são bem mais fáceis. Infelizmente, ambos podem acabar, por isto, ou por aquilo. São os ciclos da vida. Não deixa no entanto de ser injusto que isto tenha de acontecer, que não possamos aproveitar essas relações em que há amor...

O que fazer
O que fazer para ultrapassar este vazio? Deitarmos-nos e dormir... porque um dia, acordaremos sem ele...
 
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