Não posso dizer que não contribui para que o balde fosse despejado em cima da minha cabecinha, mas não posso deixar de admirar a volatilidade das coisas e de pensar que realmente sou uma parva em não conseguir deixar de me sentir gelada com isso...
Perante tanta água fria na minha cabeça, passei o dia que nem uma zombi. Já tinha passado as duas últimas semanas numa ansiedade para resolver certos assuntos pendentes, mal sabendo eu que ia levar com a dita da água quando chegasse de férias.
E assim lá fiquei eu a passarinhar ao sol, sem rumo, até que me resolvi deitar na relva. Como que adivinhando o que se passava no meu coração gelado com tal banho, um cachorrinho deitou-se a meu lado, lambendo-me as mãos... Será que os animais conseguem compreender a dor de uma pessoa? Só pode, porque ele ali ficou a dar-me o abracinho que precisava.
Curiosamente, a pessoa culpada do meu banho de hoje, escreveu no seu blogue, que uma criança havia lhe dado a mão, num gesto de amizade, como que adivinhando o que se passava no seu coração perturbado. Foi o mesmo aqui. O cachorro sentiu-me gelada e quis ajudar. Foi bom, mas não suficiente. O que me ajudou mesmo foi ter amigos FANTÁSTICOS que querem mesmo saber se alguém me deita coisas geladas na cabeça e que são objectivos e práticos e me fazer companhia e mais companhia. Não teria conseguido sobreviver com tanta presença de espírito a este ano, senão fossem eles.
Enfim... foi um dia choné, como grande parte deste ano que nunca mais acaba. Sendo que o meu ano choné começou em Agosto, espero que acabe também em Agosto. É que assim, só faltava um mês e tal!
A ver...
A relembrar: deixar o tempo passar que tudo passará, com mais mágoa, mais dor, a acreditar cada vez menos, mas passará!
Uma coisa vos digo, ter ido ver a Ressaca sempre ajudou, de tão choné que o filme também é... Só é pena mesmo passar-se na Tailândia... País que associo à água gelada...
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