sábado, 18 de agosto de 2007

Os trintões


Lembram-se duma série chamada os trintões? Pelo que sei a dita falava sobre os problemas do pessoal da nossa idade. Pois é, hoje fui à praia com uma amiga e começamos a falar sobre uma série de pessoas que ambas conhecemos ,e na sua forma de encarar a vida, e de repente apercebi-me que nós todos bem podíamos fazer uma série dessas.

Aos 30, parece que as pessoas enlouqueceram. Sempre ouvi falar de crises da adolescência, mas sinceramente essas passaram-me ao lado. Agora, que sou trintona é que as coisas estão piores, e parece que é um mal colectivo.

Partindo deste pressuposto, pensei porque será? E cheguei à seguinte conclusão:

- Uns sentem-se mal porque ainda não têm a chamada “vida composta”. Ou seja, não têm um emprego estável, uma relação estável, ainda não têm casa própria, etc...
- Outros, já têm isso tudo, ou já tiveram, mas por uma outra razão já não têm: perderam o emprego, separam-se, etc...

Tudo isto junto, leva a que muita gente ande confusa e sem rumo. O problema, é quando se juntam os “perdidos”. Normalmente aí, alguém sai magoado, normalmente aquele que não quer estar assim tão perdido.

É que o problema dos trintões “perdidos” é que optam muitas vezes por tentar conciliar duas vidas paralelas, porque querem o bom dos dois mundos, o bom da “vida composta” e o bom da “vida de liberdade”. Ora, como ninguém aguenta isto muito tempo, acabam ou por se queimar, ou por queimar alguém. Nenhuma das opções é boa, porque aquele que se queima deixa de acreditar e as pessoas acabam por ser números; o que se queima, pode acabar por queimar outras pessoas na sequência disso.

Assim, penso: ainda bem que penso nestas coisas!

4 comentários:

Firehawk disse...

E há ainda os teaorizadores... eles andem ai...eles andem ai

Afgane disse...

Olá Susana,
Resolvi comentar aqui pois já não sou trintão há muito tempo mas acho que a fase dos trinta é super interessante e é aquela em que definimos o que queremos da vida ou aquilo que vamos ser quando crescermos. Na minha altura diziam-me que um homem aos 35 atinge a plenitude em termos gerais, estabilidade a todos os níveis. Olha no meu caso foi mentira pois aos 35 mandei tudo às ortigas, a tal estabilidade, emprego certo, etc, peguei numa guitrra e voltei para a música a tempo inteiro, actividade que só abandonei por volta de 2002 nuito embora conciliada com o jornalismo entre 1887 e 2002 ao serviço da Promúsica onde trabalhei com o Hugo. A verdade é que não existe uma receita única para nada. A vida é o que queremos que ela seja com encontros e desencontros à mistura. E, já que falo em encontros, gostei imenso deste nosso jantar de bloggers, lamento não ter tido a ocasião de conviver mais com alguns dos presentes, o teu foi um desses casos, mas pareceste-me uma pessoa simpática e bastante agradável. Gostei deste teu espaço e se mo permites, voltarei mais vezes.
Beijos

Miguel Pires disse...

partilho da mesma opinião. Mas devias saber, Su, que o Tom Cruise nunca mais foi o mesmo desde que aderiu à Cientologia.

Miguel Pires disse...

oops, enganei-me este comentário era para o post abaixo. Sorry

 
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